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Ministro Silveira desafia a Vale em Mariana: um acordo com melhor governança

Ministro de Minas e Energia critica modelo de indenização em Brumadinho e defende novo acordo com foco em governança de Estado

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez críticas ao modelo de indenizações aplicadas após o desastre de Brumadinho. Ele enfatizou que as reparações da Vale, tanto em Brumadinho quanto no desastre de Mariana, devem ser mais profundas e permanentes, com uma governança de longo prazo, e não soluções temporárias ou de curto prazo.

Silveira criticou o acordo de Brumadinho, alegando que ele foi utilizado politicamente pelo governador Romeu Zema (Partido Novo) e não garantiu reparação duradoura às vítimas. Ele alertou sobre o fim das indenizações mensais em 2026, o que já causa pânico na população local. O ministro defende que o modelo de Mariana adote uma governança de Estado, proposta que, segundo ele, foi discutida com o presidente Lula e o ministro Jorge Messias (AGU).

Além disso, o ministro chamou atenção para os contínuos impactos ambientais no Rio Doce após a tragédia de Mariana, destacando que a população de Governador Valadares ainda sofre com a água barrenta e contaminada, e que os danos ambientais se estendem até o Espírito Santo. Silveira defende que os recursos destinados às reparações devem ser rigorosamente utilizados para sanar os danos ambientais e sociais.

Situação do Rio Doce

Além das questões ligadas às indenizações, Silveira trouxe à tona os problemas ambientais contínuos na região afetada pelo desastre de Mariana, especialmente a condição do Rio Doce. Ele relatou a situação de Governador Valadares, onde a população ainda convive com o impacto da lama tóxica. “A água que sai de qualquer torneira da cidade é barrenta e suja, porque a calha do rio foi completamente comprometida”, denunciou.

O ministro destacou que os danos ambientais se estendem até o Espírito Santo, afetando diretamente a vida de milhares de brasileiros. Ele também lembrou de sua experiência pessoal como morador da região, o que lhe dá uma visão clara sobre os impactos sociais do desastre.

Governança e reparação

Para Silveira, o volume de recursos a ser destinado às reparações em Mariana é significativo, e por isso a governança deve ser extremamente rigorosa. Ele defende que esses recursos sejam utilizados com um objetivo claro: a reparação dos danos ambientais e sociais. “É muito dinheiro e deve ser destinado para reparar danos. Danos ambientais e sociais que afetam diretamente a vida de muitas pessoas”, pontuou o ministro.

 

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