Pesquisas revelam quais estados têm uma inclinação ideológica maior à direita e à esquerda. MG é neutro, sem lado partidário
A pesquisa 81% dos brasileiros defendem a responsabilização das redes sociais por divulgação de notícias falsas porque acreditam que podem afetar o resultado das eleições
A pesquisa do Instituto Data Senado revela um panorama interessante sobre a ideologia política dos eleitores brasileiros, destacando a complexidade e a diversidade das opiniões políticas no país. Em Minas Gerais, especificamente, a pesquisa sugere que não há uma forte tendência ideológica predominante, com 40% dos entrevistados afirmando não se identificar nem com a esquerda, nem com a direita, nem com o centro.
Os cinco estados com maior número de eleitores de direita são Rondônia (41%), Santa Catarina (37%), Mato Grosso (36%), Paraná (36%) e Roraima (35%).
Por outro lado, os cinco estados mais à esquerda são Pernambuco (18%), Rio Grande do Norte (18%), Ceará (17%), Bahia (16%) e Mato Grosso do Sul (16%). Paraíba, Rio de janeiro e São Paulo também têm 16% de eleitores que se afirmam de esquerda.
A pesquisa também destaca diferenças ideológicas entre grupos demográficos específicos. Entre os eleitores que se autodeclarar brancos/amarelos, 32% se identificam com a direita, enquanto 26% dos que se autodenomina preto/pardo/indígena fazem o mesmo. Em termos de gênero, os homens se identificam mais com a direita (34%) do que as mulheres (24%), enquanto 15% dos homens e 14% das mulheres se consideram de esquerda.
A religião também parece influenciar a ideologia política: 35% dos evangélicos se dizem de direita, em contraste com 28% dos católicos. Entre aqueles que professam outras religiões ou não pertencem a nenhuma, há um empate entre os que se identificam com a esquerda e a direita (21% cada).
Além das preferências ideológicas, a pesquisa aborda questões sobre a responsabilização das redes sociais e a confiança nas urnas eletrônicas. Uma ampla maioria dos brasileiros (81%) acredita que as redes sociais devem ser responsabilizadas pela divulgação de notícias falsas, que podem influenciar significativamente os resultados das eleições. No que diz respeito à confiança nas urnas eletrônicas, há uma clara divisão: 86% dos eleitores de esquerda confiam nos resultados, comparado a apenas 36% dos eleitores de direita.
Essa diversidade de opiniões e a divisão clara em certos aspectos sublinham a complexidade do cenário político brasileiro e a importância de considerar múltiplas perspectivas ao analisar o comportamento eleitoral no país.