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Pesquisa mostra candidatos de Bolsonaro em ascensão e lulistas em baixa nas capitais

O levantamento, que abrange 24 capitais, destaca variações significativas em diversas localidades.

A nova rodada da pesquisa Data Folha e Quaest, realizada a menos de dez dias da eleição, revela que os candidatos apoiados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mostraram variações mais positivas nas intenções de voto nas capitais em comparação aos candidatos apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O levantamento, que abrange 24 capitais, destaca variações significativas em diversas localidades.

Em Belo Horizonte, o deputado Rogério Correia (PT) registra apenas 9% das intenções de voto, ficando atrás de Mauro Tramonte (Republicanos), Fuad Nomam (PSD), Bruno Engler (PL) e Duda Salabert (PDT). Nas outras três maiores cidades de Minas Gerais — Contagem, Uberlândia e Juiz de Fora — o cenário é melhor para os petistas. Em Contagem, a candidata à reeleição Marília Campos (PT) pode vencer em primeiro turno o candidato bolsonarista Junior Amaral (PL). Ela tem 64% contra 9,8% dele.

Já em Juiz de Fora, a candidata Margarida Salomão (PT) também pode ser reeleita em primeiro turno com 51,9% dos votos contra os 14% de Charlles Evangelista (PL).

Em Uberlândia, o cenário indica um segundo turno entre Paulo Sérgio (PP), que lidera com 46%, contra 29% de Dandara (PT).

Nas 17 capitais, os candidatos aliados a Bolsonaro mostraram uma melhora nas intenções de voto, com seis deles registrando crescimento dentro da margem de erro. Entre os candidatos apoiados por Lula, houve uma oscilação positiva em sete capitais, com crescimento significativo apenas em Fortaleza, onde Evandro Leitão (PT) subiu de 14% para 24%.

Os resultados variam conforme a estratégia adotada pelos candidatos em relação ao ex-presidente Bolsonaro. Em regiões como o Nordeste, onde a rejeição a Bolsonaro é maior, os candidatos do PL estão preferindo se distanciar dele. Exemplos disso são Emília Correia em Aracaju, João Henrique Caldas (JHC) em Maceió e André Fernandes em Fortaleza, que evitam associar suas campanhas à imagem de Bolsonaro. Em contraste, Alexandre Ramagem no Rio de Janeiro intensificou a presença de Bolsonaro em sua campanha e conseguiu reduzir a vantagem de Eduardo Paes (PSD).

Em Aracaju, Emília Correia aumentou suas intenções de voto de 26% para 36%, enquanto em Fortaleza, André Fernandes subiu sete pontos e está empatado na liderança com Capitão Wagner (União) e Evandro Leitão. Em Fortaleza e Aracaju, os candidatos do PL mencionaram Bolsonaro em suas redes sociais apenas uma vez desde o início da campanha.

No Rio de Janeiro, Ramagem conseguiu reduzir a vantagem de Eduardo Paes, variando de 13% para 18% das intenções de voto. Em Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD) registrou a maior alta entre os candidatos apoiados por Bolsonaro, subindo de 19% para 36% no total, e de 27% para 45% entre os eleitores bolsonaristas.

Em São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) manteve os 24% no geral, mas conseguiu uma oscilação positiva de três pontos entre os eleitores bolsonaristas. Outros crescimentos de candidatos bolsonaristas ocorreram em Campo Grande, Natal e Salvador, com variações positivas dentro da margem de erro em 11 cidades.

No lado petista, Evandro Leitão em Fortaleza foi o único a ter crescimento significativo, subindo de 22% para 40% entre os eleitores petistas. Em São Paulo, Guilherme Boulos teve uma variação tímida de 21% para 23%, e em Recife, o prefeito João Campos (PSB) lidera com 77% das intenções de voto sem buscar associação com Lula. Em Porto Alegre, Maria do Rosário (PT) 30,1%, enquanto o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) tem 36,5% intenções de voto.

Esses resultados indicam a força da direita nas capitais e a influência que Bolsonaro ainda exerce como padrinho político, enquanto os candidatos petistas enfrentam desafios para conseguir avanços significativos nas intenções de voto.

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