Júnior de Sousa, candidato à prefeitura de Sete Lagoas, sofre ameaças físicas durante a campanha.

A situação em Sete Lagoas (região central de Minas), com as ameaças ao candidato Júnior Sousa, é um reflexo de um cenário mais amplo de violência política que tem se intensificado em todo o Brasil. Júnior, do Partido Renovação Democrática (PRD), foi alvo de ameaças  durante a transmissão ao vivo da inauguração de seu comitê central, o que o levou a registrar um Boletim de Ocorrência por difamação, injúria, ameaça de morte e homofobia. As ameaças, conforme relatado, partiram de um perfil fake nas redes sociais.

Apesar das intimidações, Júnior Sousa afirmou que não se deixará abater e que está mais determinado do que nunca a continuar sua campanha e lutar pelo bem-estar da população de Sete Lagoas. Ele prometeu buscar os responsáveis pelos crimes e destacou que a situação lhe dá ainda mais forças para enfrentar os desafios da campanha.

“Recebi ataques cruéis, incluindo difamação, injúria, ameaça de morte e homofobia. Sabemos que o perfil é falso, mas há pessoas reais por trás dele que não querem nossa vitória. Vivemos em uma instabilidade política há anos, mas isso apenas me dá mais força para continuar a luta e me engajar ainda mais com a população de Sete Lagoas”, acrescentou.

Esse incidente não é isolado. Em João Dias (RN), o prefeito e candidato à reeleição Marcelo Oliveira foi brutalmente assassinado em agosto, juntamente com seu pai, ex-vereador Sandi Alves de Oliveira. A motivação política é uma das hipóteses que a Polícia investiga para o duplo homicídio.

Além disso, em julho, o pré-candidato a prefeito de Brumadinho, Guti da Premoldados, também foi vítima de violência política. Ele sofreu uma emboscada enquanto estava no carro com sua família. Felizmente, ele sobreviveu, e a Polícia Civil está investigando o caso.

Esses episódios ressaltam a gravidade da violência política no Brasil e a necessidade urgente de medidas para proteger os candidatos e garantir eleições seguras e justas.